segunda-feira, 14 de julho de 2008

Só vai lá para brincar mesmo!

Oi, amigas,

Fiquei muito feliz em ver que vocês estão aqui comigo e já até deixaram comentários. Espero que continuem me acompanhando aqui até o nosso espacinho virtual ficar pronto. Eu e outras pessoas maravilhosas estamos projetando o site Mãe de Primeira, onde além do blog, teremos muitos cantinhos interativos; estamos fazendo isso com muito carinho e temos certeza de que vocês vão adorar! Logo, logo vai ficar pronto!

Bem, hoje resolvi comentar uma frase que sempre escuto de mães, pais e outras pessoas sobre a escola de Educação Infantil: "Ele só vai lá para brincar mesmo..." E essas pessoas acham que essa frase serve para justificar faltas ou, então, nem colocar o filho na escola. Respeito quem prefere esperar mais um pouco para colocar o filho na escola, só não concordo com essa desculpa, e nem poderia sendo pedagoga e tendo trabalhado em sala de aula por dez anos, né?

É claro que as crianças brincam na escola de Educação Infantil, criança tem mesmo que brincar, essa é a essência delas. Mas é um brincar diferente, um brincar pedagógico. Quando o corpo docente da escola é formado por bons profissionais, formados e capacitados, eles propõem brincadeiras, atividades que vão levar ao desenvolvimento da criança. Tudo que é feito e proposto para as crianças tem um objetivo bem definido, não é apenas uma brincadeira ou uma pintura, é uma atividade com objetivos. Mas, claro, também tem os momentos de brincadeira livre, nos quais as crianças podem escolher de que e com quem brincar.

Acreditando que na escola a Júlia estaria fazendo mais do que apenas brincando, sabendo que ali ela estaria sendo estimulada a se desenvolver, a interagir, resolvi colocá-la na escola. Algumas pessoas criticam ou olham com cara espantada: "Nossa, tão pequenininha e já está na escola", como se isso fosse uma maldade, ou como se eu quisesse me "livrar" da minha filha naquelas horas. Mas tomei essa decisão consciente de que para ela seria muito melhor estar em um ambiente propício para seu desenvolvimento, convivendo com outras crianças da mesma faixa etária e sendo atendida por profissionais capacitados. E é lindo ver o quanto está se desenvolvendo. E saber pelos outros pais o quanto os coleguinhas dela também estão se desenvolvendo.

Com esse post, não pretendo convencer ninguém a colocar o filho na escola antes do planejado, só mostrar que a escola de Educação Infantil é muito mais do que um espaço para a criança brincar. É um espaço para ela se desenvolver social, motora, emocional e cognitivamente, ou seja, um desenvolvimento integral.

Na quinta-feira, teve reunião no colégio da Júlia, para encerrar o bimestre e o projeto que tinha sido desenvolvido. A reunião foi muito boa, a professora nos contou bastante sobre as atividades deles na escola, nos mostrou os trabalhos feitos pela turma e nos entregou a avaliação do semestre. Uma avaliação como eu acredito que deve ser a avaliação em Educação Infantil: uma dissertação sobre a criança e seu desenvolvimento ali na escola. Nada de itens a serem preenchidos com códigos. Gostei muito mesmo.

Nesse dia, só tive um problema: deixei a Júlia em casa com a cozinheira e com a nova babá (que não dorme, só vem 3 vezes por semana, mas nesse dia veio para ficar com ela). Quando saí, deixei a Júlia jantando bem, me despedi, disse onde ia e saí. Mas depois que ela acabou de jantar, começou a chorar e me chamar. Pelo que elas me disseram, ficou chorando um tempão, sentida. Elas chegaram a me ligar, mas não me disseram que ela estava chorando, só que queria falar comigo; falei com ela e fiquei sossegada. Mas quando cheguei em casa, me contaram como tinha sido. A sorte foi que nesse dia o Marcio chegou mais cedo. Aí ela grudou nele e não soltou mais, e, claro, parou de chorar. Quando cheguei, ele tinha dado banho, colocado o pijaminha e ela já estava deitada mamando para dormir. Deitei ao lado dela e disse que já tinha chegado. Baixinho, contei a ela onde tinha ido, quem estava lá, como tinha sido e assegurei que eu sempre voltava para ela. Ela acabou de mamar e apagou.

A Júlia está realmente muito esperta, a babá vive falando "como essa menina é inteligente, ela sabe tudo!". Agora, ela está naquela fase se repetir tudo que a gente fala, é muito engraçado. E ela também já está falando várias outras palavrinhas sem repetir o que falamos. Mas o que está mais me chamando atenção é que ela agora vive cantando. É tão lindo! Ela canta do jeito dela, mas no ritmo certinho. Esses dias, estávamos no táxi, e ela começou a cantar Boi da cara preta, o motorista perguntou: "Ela está cantando Boi da cara preta? Dá para entender!" Ela canta assim: "Boi, boi, boi, boi dati peta". Muito fofa! Ela também canta Parabéns pra você e outras que aprende na escola. Ela vive cantando "ia, ia ô". No final de semana, estava cantando uma música da vovó, acho que é para a festa das avós na semana que vem.

Isso foi uma das coisas que percebi que ela desenvolveu na escola, a parte musical. Entre outras, claro.

Mas acho que vou parar por aqui porque já escrevi muito por hoje. Na semana que vem, conversamos mais.

Beijos e até o próximo post.

14 comentários:

Renata disse...

Oi Michele!! Adorei o novo espaço!!
Minha Giovanna foi pra creche com 4 meses e meio e foi a melhor coisa que fiz por ela! O desenvolvimento dela é incrível mesmo. Ouvi muito vários desses comentários citados por você, mas não dei a mínima pois sempre tive na minha cabeça que era o que eu iria fazer quando tivesse um filho, não iria deixar em casa com babá nem com vó, ia colocar em creche. Não recrimino quem faz isso, mas fiz o que achei melhor pra minha filha. Adorei e não mudaria nada. Mesmo indo lá "só pra brincar", essa brincadeira é que tornou a minha pequena na pessoinha desenvolta, independente (quase, pelo menos ela acha que é, hehehe), falante, etc., que ela é hoje. Apóio em gênero, número e grau "essa brincadeira" e dou os parabéns a vocês pedagogos que fazem esse trabalho maravilhoso de educarem e ensinarem nossos pequenos.
Beijos

Dani Páscoa disse...

É realemente muito bom, mas nós sempre ficamos receiosas no começo, ainda me lembro que vc sentiu dúvidas no começo. É saudável para nós sentirmos isso!!

Beijos!!

Nine disse...

Oi Michele! Muito bom poder continuar a te acompanhar...Tenho adiado a ida da Maithê para a creche porque de manhã fico com ela e esse é o nosso momento juntas, e de tarde ela tem uma babá maravilhosa. Mas quero tentar uma adaptação dela o quanto antes, nem que seja por 2 ou 3 vezes pela manhã, pois penso igual a ti: Escola Infantil é lugar para brincadeiras sim, tanto aquelas que ajudem o desenvolvimento psico-motor das crianças, quanto aquelas que as deixem ser simplesmente crianças! Tenho certeza que o desenvolvimento da criança melhora com a convivência com outras crianças e com os estímulos que ela recebe na escola.
Como a Maithê está crescendo e tendo outras necessidades, vejo que está chegando a hora de colocá-la na escola sim, mas é como tu disse, tudo no tempo que cada mãe sente que é o seu tempo e do seu filho!
Beijão e ótima semana.

Mariac disse...

Concordo plenamente sobre o espaço escolar ser o melhor para as brincadeiras de nossos filhos! Antigamente brincávamos em casa porque tínhamos famílias grandes e éramos supervisionados de perto por tias, avós e mães que podiam estar conosco o tempo todo. Vivíamos cercados de primos da mesma idade ou de idades próximas que interagiam conosco porque moravam perto. Esse modelo de família se modificou e hoje dispomos do espaço escolar para suprir essa falta que a família nos faz. Se eles brincam na escola? Graças a Deus brincam muito pois, nessa idade é brincando que se aprende. Se a escola faz falta? Demais pois nela posso confiar que minha filha estará recebendo a atenção e o cuidado que necessita enquanto eu preciso trabalhar. Marina ficou com babá dos 5 meses até completar 1 ano, e só posso dizer o quanto me arrependo de não tê-la colocado na creche assim que voltei a trabalhar. Depois da creche ela passou a andar (coisa que não fazia antes, pois a babá achava que tinha que ficar com ela no colo o tempo todo!), passou a comer melhor e continuou demonstrando a mesma alegria e vivacidade de sempre! A escola só veio somar ao que já buscávamos fazer com Marina em casa!

Unknown disse...

Concordo com você, lugar de criança é na escola!! Hahaha. A minha filha foi para escola no horário integral ( de 8 h as 17:30h) em fevereiro e ela tinha 1 ano e 3 meses. Da para perceber como ela desenvolveu nesse tempo! E ela adora!! Já cedo assim que acorda, ela chama as professoras, fala o nome de todas as “tias” e na hora de irmos ela quer levar a sua mochila (de rodinha) e vai direto para o carro! Parece uma moçinha!! Nunca me arrependi de ter colocado ela na escola, mas é claro que devemos conhecer bem e confiar no lugar que deixamos os nossos filhos! bjs

Unknown disse...

Olá Michelle, como já comentei em outros post, o Pedro foi para a creche com 4 meses e meio e digo que não me arrependo em nenhum momento. Ele é uma criança alegre, desenvolvida e super independente, não sei se vc lembra dele na festinha da Júlia na praia, pois é, ele é tudo isso graças a sua ida tão cedo para um local que não era o seu lar. Ouvi muitas vezes que eu era maluca em ter feito essa opção, mas essa escolha partiu não só de mim mas como do meu marido também. Se um dia eu tiver outro bebê com certeza irei colocá-lo(a) na creche, para que possa ter brincadeiras saudáveis e que seu lado cognitivo flua. Como a Júlia e Pedro também gosta muito de cantar, as vezes o pego cantando músicas qua não faço idéia do que seja, mas vejo que são músicas que ele aprende na escola. Acho que nós mães temos todo o direito de pensar o melhor para nossos filhos, seja ele no ambiente escolar como no ambiente do seu lar.
Bjs e até o próximo comentário.

Liu Paim disse...

Oi Michele,
Legal saber a opinião de uma mãe e pedagoga sobre ir pra escola. Estava me sentindo mal por querer colocar o Antonio com 2 anos. Mas acho q só assim ele vai parar de mamar... Fora o desenvolvimento, com certeza eles aprendem mto lá.

Ah, qdo vc for postar, tem um íconezinho quadrado azul, serve pra anexar fotos. Tenho um blogspot tb, é mto fácil inserir imagem... Tenta lá.

Bjos,

Liu

AnaCarraro disse...

Olá MIchele! Sogre escolinha, quando Antônia tinha 10 meses precisei procurar uma escolinha para Antônia. Fui em várias, e a que mais gostei, e é a que ela frequenta, é uma escola sem muitas preocupações pedagógicas. Visitei uma, que adota o método positivo, que para uma criança de 10 meses achei "pesada" d+. Muitas regras, horários, disciplina... Ela era ainda um bebê, e ñ podia chupar bico na escolinha, e a adaptação era de 3 dias.
Bem, mas na verdade quero colocar o lado positivo da escolinha. Tb fui muito criticada ao matricular ela com 10 meses. Mas sentíamos que ela precisava, eu tb. Resumindo. Ala ADORA a escolinha, está mais esperta, feliz! esta semana ela está bem resfriada, e em casa fica super "chocha", na escolinha está como se estivesse 100% de saúde!
Creio que quem te a oportunidade, deve sim, eu defendo por meio turno, matricular seu filho. Só tema ganhar!!!
Um bj!!!
Queremos fotos!!!!...rs
Ana

Flávia disse...

Oi Michele!
A Larissa foi p/ creche com 10 meses,atualmente ela tem 1 e 5 meses e adora a escola! É impressionante como se desenvolveu...ela tb adora música! Na hora de dormir eu costumo cantar pra ela..aí ela fica de olhinhos fechados cantarolando tb e acaba pegando no sono. Muito linda!
A creche fez uma surpresa muito legal na reunião..além do relato das profissionais sobre os trabalhos desenvolvidos pela turma..elas filmaram as crianças nas diversas atividades: aula de música, arte, confeccionando os trabalhinhos, pinturas, etc..Foi muito legal!Adorei ver minha filhota participando das atividades! Foi um filminho curto..mas o suficiente para vermos que a "brincadeira" é direcionada... um trabalho muito bacana mesmo!
Bjs.

Unknown disse...

Oi Michele,
Concordo muito quanto a questão da creche, desde que estava grávida. Sempre fui mais a favor da creche do que tempo integral com babá, pelos vários motivos que vc e outras mamães já colocaram.Estou grávida de 7 meses da Sofia e tenho certeza que na vez dela, tbm irá pra creche sem dúvida!
O Alberto está muito espertinho...tbm adora cantar a música do Boi da Cara Preta e outras que ele aprende da creche e faz gestinhos!É muito lindo! Tem hora que ele solta uma palavra diferente que não tínhamos ensinado e percebo que foi na creche que aprendeu.E é o que já falei antes:acho que babá não tem competência (formação) nem paciência pra ficar sentada ensinando coisas pra criança.Elas querem olhar, cuidar,e colocar pra dormir.Mas o que uma "boa" creche proporciona elas não podem fazer.então mil vezes creche a babá!!! Eu até tenho uma que cuida do Alberto de manhã e me ajuda na casa e comida, mas a tarde toda ele fica na creche e ADORA!

Estou com saudades das fotos de Júlia...

bjs,
Carol

Cristina disse...

Olá Michele,
minha filha tem 2 meses e meio e desde já estou firme na decisão de colocá-la na creche. Pretendo começar por meio período, um mês antes de voltar de licença, então provavelmente, com seis meses ela estará na creche em período integral. Claro que tenho pena, fico pensando em outras pessoas cuidando da minha bonequinha, mas acho que ir para creche cedo faz parte da realidade dessa geração onde ambos os pais trabalham e acredito que aprender a se socializar e sobreviver nessa realidade é muito importante para o desenvolvimento das criança. Além disso, apesar de ter assumido minha filha em período integral e saber da importancia de ser mãe(pois dei todos os banhos dela até hoje, só estou amamentando no peito, etc), acho que é muito importante que a mãe tenha uma vida, porque os pais devem ser modelos para os filhos, e serão tão melhores à medida que estejam realizados. Então, mesmo que eu não trabalhasse eu colocaria minha filha na creche por meio período, para ter minha vida e produzir, construir e desenvolver atividades que me realizem como pessoa e mulher.
Cristina

Bianca Senna disse...

Oi Michele,
É muito legal ler o seu blog. Particularmente porque minha filha tem a idade da Julia e vivem rotinas bem parecidas. Janaína também está na escola e ainda escuto estes comentários. Mas o principal é ver o desenvolvimento de nossas filhotas e perceber a importância que a escola tem para elas. Passei por aqui também para comentar o artigo do Colunista Convidado de hoje, da Revista O Globo. Vc leu? A princípio fiquei indignada mas depois compreendi que só é possível falar da maternidade com propriedade aquela que vivencia. Fora dessa realidade, é ilusão! bjo pra vcs.

Anônimo disse...

querida, penso igualzinho a você. tomou atitudes que eu tb tomaria. continue assim, você está no caminho certo. não é porque eu penso igual, mas é porque todos os livros que já li falam exatamente isso e funcionada na prático, o que é o mais importante. beijos Ivna

Renata disse...

Oi Michele! Adorei a novidade da mudaná, confesso que não conseguia acompanhar o seu blog antigo porque não conseguia adicioná-lo no meu google reader. Agora vai fica rbem mais fácil!
Tenho uma opinião diferente da sua nesse tema. E engraçado que comigo acntece o contrário: o que mais escuto é "ela ainda não está na escola???". Minha filha está com 2 anos e meses. Mas não adianta, qualquer que seja a decisão que tomemos, nas mais diversas questões que envolve a maternidade, vai ter sempre um montão de gente dando opinião e alguns inclusive achando que sabem o que é melhor pra gente. E a verdade é que cada familia sabe o que é melhor. Eu respeito quem pensa e faz diferente de mim, e essa troca de experiências é muito importante.
COmo parei de trabalhar pra ficar com a minha filha, a opção da gente acabou sendo de esperar para colocá-la na escola depois que ela completasse 3 anos. Não sou pedagoga, mas a sensação que tenho é de que o desenvolvimento da minha filha não seria maior se ela tivesse ido pra escola, mas há um aspecto que fica um pouco prejudicado: a socialização. Percebo que ela trava relação com adultos com muito mais facilidade e interesse do que com as outras crianças. Se são poucas crianças, como no parquinho, na natação ou no balézinho (que ela começou agora, justamente pra incentivar ainda mais a socialização), ela fica ok. Mas em festas,no meio de muitas crianças agitadas, correndo, brincando, percebo que ela fica um pouco retraída. Procuro compensar isso a levando ao parquinho e a natação, e agora tb a matriculei no balézinho. A idade mínima é 3 anos, mas como ela vai fazer 3 daqui a 3 meses a professora a avaliou e permitiu que entrasse um poucuinho antes da hora. É tão bacana, é uma grand ebrincadeira, a professora conta sempre histórias e de forma lúdica vai introduzindo alguns fundamentos do balé, e assim incentivando a consciência e expressão corporal. Sem contar que tem tb a música e ela adora música!
Eu gosto muito da filosofia da Pedagogia Waldorf, não sei se vc conhece. Tem muito a ver com nossa forma de pensar e com a forma como temos conduzido a criação da nossa filha até hoje. Há apenas uma escolinha aqui no Rio, no Humaita, mas infelizmente é inviável pra mim por conta da distância.
beijo
Rneata