segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Sinto a presença de Deus

Olá mamães,
A semana toda, pensei sobre o que escreveria hoje, já tinha até decidido; mas hoje de manhã, com a Júlia no meu colo, lembrei da coluna de ontem da Martha Medeiros na Revista de Domingo do Globo e resolvi mudar.

Ela fala na coluna sobre as manifestações de Deus em nossa vida, sobre os momentos especiais em que sentimos a Sua presença.

Quando li, a primeira coisa que veio à minha cabeça foi o sorriso da Júlia. Quando ela sorri, o mundo se ilumina, e não existe prova maior do que Deus existe e está presente em nossas vidas.

Mas hoje de manhã, ela estava mamando no meu colo (coisa que não costuma mais fazer), com um braço em volta do meu pescoço, em um abraço apertado, a cabecinha deitada no meu ombro, e segurando a mamadeira com a outra mão. Estávamos só nós duas no meu quarto, estava silêncio, e eu senti a presença de Deus naquele momento só nosso.



É claro que Deus se manifesta de várias formas, e Martha Medeiros citou várias com seu texto sempre lindo e perfeito. Mas acredito que nenhuma forma é mais sublime do que em uma criança.

Sinto a presença de Deus quando a Júlia abre aquele sorriso sincero, irresistível, que me desmonta.

Sinto a presença de Deus quando ela me abraça sem que eu precise pedir, simplesmente porque está com vontade abraçar a mamãe bem apertado.

Sinto a presença de Deus quando ela fala "mamãe".

Sinto a presença de Deus quando ela vem correndo, daquele jeitinho rebolativo só dela, e com um sorriso de felicidade pura no rosto.

Sinto a presença de Deus quando ela ne aninha em mim durante o sono.

Sinto a presença de Deus quando a vejo se aninhando no pai durante o sono.

Sinto a presença de Deus quando vejo a Júlia e o pai juntos, brincando, se amando, os dois amores da minha vida.

Sinto a presença de Deus quando olho para a minha filha e lágrimas vêm aos meus olhos.

Sinto a presença de Deus quando escuto aquela gargalhada sonora e gostosa que só ela sabe dar.

Sinto a presença de Deus quando vejo os avós se emocionarem com ela.


Poderia ficar aqui escrevendo e citando tantos momentos em que sinto a presença Dele, mas vou deixar que vocês completem esse texto. Deixem seus comentários completando a frase: Sinto a presença de Deus quando...

As fotos de hoje foram tiradas na festinha de uma amiguinha na semana passada. São fotos para vocês poderem vê-la em situações diferentes.

Vou ficar esperando os comentários, hein?

Beijos e até o próximo post.





sábado, 16 de agosto de 2008

Educar, uma questão de amor


Oi, mamães,

O assunto de hoje já foi abordado por mim outras vezes no blog, mas é um assunto que vai nos perseguir a vida toda, né? E, pelo que a minha mãe diz, as questões só vão mudar, mas sempre vão existir as dúvidas de como educar, de como impor limites, quando...

A Júlia está em uma idade em que precisa de limites, até porque ela não tem senso do perigo. Então, a primeira necessidade de limites já se impõe para a segurança física dela. Ela adora pular na cama, escalar as coisas, subir escadas, e cabe a nós ver se e até que ponto ela pode fazer o que deseja.

Mas além dos limites, a educação também tem outros aspectos. Por exemplo, agora que a Júlia está aprendendo a falar, estou insistindo que fale palavras como "obrigada", "de nada", "por favor"; sempre uso essas palavras na frente dela para servir como exemplo (quando ela não está perto também uso!), e agora estou destacando mais a importância disso.

Na questão da fala, tenho enfatizado outra coisa: não permito que ela fale mole, arrastado, choramingando, fazendo manha. Algumas pessoas podem até achar que ainda é cedo e que estou sendo dura, mas acho que é trauma. Eu tenho uma prima que falava mole quando criança, e quando cresceu, continuou falando assim, o que se tornou motivo de piada na família, e mesmo quando ela era criança, era irritante escutá-la falando. Então, quando a Júlia chega me pedindo alguma com aquela fala arrastada, cheia de manha: "Mamãaaaaae, quéeeeio cóooooio"; eu logo digo: "Assim, mamãe não entende o que a Júlia quer, vamos falar direito?"; aí falo com a voz firme: "Mamãe, quero colo", e ela repete, me imitando: "Mamãe, quéio cóio". Agora, nem preciso mais falar, é só dizer que não estou entendendo, que ela já repete a frase sem a manha.

Uma outra coisa que tenho ensinado à Júlia e que estou orgulhosa com os resultados é a arrumar o quarto. De novo, algumas pessoas podem achar cedo, mas não é, acredito que a organização seja uma coisa que se aprende desde pequeno, mas também sei que algumas pessoas têm uma tendência maior pra isso.

É claro que não faço da arrumação do quarto uma obrigação ou algo chato; muito pelo contrário, crio situações para que aquele momento se torne lúdico, prazeroso, e sempre ajudo. Por exemplo, quando as peças de encaixe estão jogadas pelo quarto, em determinado momento, digo: "Júlia, vamos guardar essas pecinhas que estão no chão?" E começo a guardar, uma por uma, sem pressa. Quando ela vem me ajudar na hora, elogio e fazemos brincadeiras tipo, ela coloca uma peça, eu coloco outra, e isso é sempre acompanhado de elogios e palmas (ela adora ser aplaudida!). Quando ela não vem na hora, começo a arrumar sozinha e a me auto-elogiar, falo de mim o que falaria para ela: "Nossa, como a mamãe é linda, tá arrumando tudo. Palmas pra mamãe!" Aí ela logo se interessa e vem me ajudar. Agora, percebo que ela já guarda algumas coisas sozinha, por exemplo, se encontra uma peça de encaixar fora do balde, vai até lá, abre o balde e guarda. Uma gracinha. Nunca precisei brigar com ela para fazer isso, é um momento em que ela aprende brincando.

Um outro aspecto que também faz parte de educar é a questão da hora de dormir e como dormir. Confesso que esse é uma aspecto que não posso me vangloriar muito. Gostaria muito que a Júlia aprendesse a dormir sozinha, sem precisar de mim ou do bico da mamadeira, também sei que só depende de mim ensinar, mas ainda não tive essa força de vontade.

Mas também não posso reclamar, o esquema da hora de dormir da Júlia não é dos piores, já escutei e li relatos muito piores.

Hoje em dia, está funcionando assim: quando chega a hora, ela logo demonstra que está cansada e começa a pedir para mamar. Então, deito com ela na minha cama, onde ela mama deitada bem pertinho de mim e brincando com o meu cabelo; às vezes faz questão da presença do pai também, e não sossega até que ele deite do outro lado. Quando ela pega no sono, eu a levo para o berço, onde dorme a noite quase toda. Ela não tem acordado de madrugada, quando acontece é só uma vez, lá pelas cinco da manhã, para mamar. Nesse momento, eu a levo para a minha cama, ali ela mama e volta a dormir, e eu também, por isso é muito comum eu não levá-la de volta para o berço e ela ficar na nossa cama até a hora de acordar, lá pelas oito.

Mas a maior questão é o horário de dormir. A Júlia não tem uma hora fixa para dormir, depende se ela tirou algum cochilo durante o dia ou não. Ela geralmente não dorme até a hora da saída da escola, vai direto, aí, na hora de voltar pra casa, ela está bem cansada e apaga. Na verdade, depende de como voltamos para casa. Se ela vem no carrinho, acaba dormindo, e quando chega em casa não acorda de jeito nenhum, nem "com reza brava", só acorda lá pelas sete e pouco, e depois só vai dormir pelas onze da noite. Se pegamos um táxi para voltar pra casa (uma corrida rápida de cinco minutos), ela não dorme, chega em casa animada, janta, brinca, e lá pelas oito já está implorando por uma mamadeira para dormir. Eu preferia que esse fosse o horário dela, mas não tem como voltar para casa todo dia de táxi, né? O meu bolso não agüenta. Quando estou de carro e ela vai na cadeirinha dela, às vezes dorme, às vezes não. Depende do trânsito e do cansaço dela.

Vocês têm alguma sugestão para que eu consiga regularizar a hora em que a Júlia vai dormir? Toda ajuda é bem-vinda! Não deixem de comentar os outros assuntos também, e se tiverem, deixem dicas de como lidar com algumas situações cotidianas. Os bons exemplos servem para serem imitados!

Ah, antes de terminar, viram como ela está linda na foto de vestidinho! Pronta para ir pra festa da amiguinha!

Beijos e até o próximo post.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mãe é mãe, pai é palha

Oi, amigas,

Como foi o dia dos pais? Espero que tenha sido uma data iluminada e abençoada na família de vocês.

Aqui, foi tudo ótimo. No sábado, foi a festinha do dia dos pais da escola da Júlia. Eles fizeram uma comemoração para a família toda no Parque da Cidade. Teve teatrinho de fantoches e as crianças cantaram uma musiquinha muito linda para os papais. O Marcio até chorou, e olha que a Júlia nem cantou e dançou direito, como fez depois em casa ao assistir ao vídeo. Depois, nos dividimos entre as duas famílias. Sábado com o meu pai e domingo com o pai do Marcio. E foi uma delícia ver como a Júlia cada vez mais gosta dos avôs, dá gargalhadas, faz gracinhas pra eles. Muito lindo!

O dia dos pais me fez pensar sobre como o papel do pai mudou na família. Na geração dos nossos pais, e mais ainda na dos nossos avós, o pai era principalmente o provedor, aquele que trabalhava muito para sustentar a casa, e quando chegava do trabalho, tinha tudo pronto e só fazia o que tivesse vontade (ler jornal, assistir noticiário na TV, ver futebol, descansar, dormir), e muito poucos se preocupavam em brincar com seus filhos, a maioria não considerava isso tarefa do pai. Muitos eram carinhosos, atenciosos, mas poucos brincavam.

Já escutei várias pessoas dizendo que se surpreenderam com os pais depois que eles se tornaram avôs, pois agora brincam com os netos, coisa que não faziam com os filhos. E já escutei também a desculpa deles: "na época eu trabalhava muito e não tinha tempo pra isso".

Acho que somos felizardos de vivermos numa época em que o papel do pai não é mais só o de provedor. É muito bom para todos da família que o pai seja aquela figura amiga, que brinca, ri, joga pra cima, dá comida, dá banho, troca a fralda, leva para passear, faz dormir, dá mamadeira...

É bom para nós, mamães, que podemos contar com alguém para nos ajudar e dividir, pelo menos algumas tarefas; para os pais é ainda melhor, pois estão criando um vínculo mais forte com seus filhos e os conhecendo melhor; e o maior benefício de todos vai para o filho que tem um pai realmente presente, com quem pode contar para tudo. Tenho certeza de que o relacionamento que nossos filhos têm com os pais vai gerar uma bela amizade, sem comparações.

A frase que coloquei no título escutei ontem pela primeira vez, a minha sogra que disse. A mãe dela costumava falar isso. Na época, acho que a frase se encaixava bem ao papel dos pais. Hoje em dia, não.

O Marcio é o tipo de pai com quem posso contar sempre. Às vezes, preciso trabalhar no final de semana e deixo a Júlia por conta dele. Ele a leva para passear, dá banho, comida, brinca, desenha, vai para o computador com ela procurar vídeos no Youtube dos personagens que ela gosta. Eles se divertem e eu posso trabalhar em paz. Aliás, já até saí duas vezes à noite (uma para o ir ao teatro e outra ao cinema) e ele ficou ela, que me deu até tchau e mandou beijinho quando entrei no elevador.

Todos os dias quando ele chega em casa, vai direto procurá-la e é recebido com um gostoso abraço e um beijo. A coisa mais linda.

Não sei se isso acontece com vocês, mas cada vez que vejo os dois juntos, o meu amor por ele aumenta mais e tenho ainda mais certeza de que escolhi muito bem o meu marido e pai da minha filha.

Quero deixar aqui os parabéns para todos esses paizões: Marcio, Léo, Serginho, Rogério, Eduardo, Luiz Arthur, Fausto, Guilherme, Alfredo, Vinícius, ... só para citar alguns que conheço, lembrei agora e sei que assumiram de verdade o papel de pais. Claro, os meus parabéns se estendem a todos os pais.

Espero comentários de vocês contando sobre os papais dos seus filhos e histórias de como é a convivência deles com seus baixinhos.

Beijos e até o próximo post.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Aventura no shopping




Oi, amigas,

Estou muito feliz por vocês continuarem mandando seus comentários. É sempre bom ler as opiniões e conselhos de vocês, isso sempre me ajuda.

Pelo que vocês escreveram, vi que também são festeiras como eu, acham importante comemorar o aniversário de seus baixinhos. A festinha da Júlia já está resolvida. Farei em um dia de semana (que não terá aula) aqui no play do meu prédio. Será uma festa para crianças, elas serão o foco. Contratei um trenzinho de lanches, que só servem coisas que elas gostam, e vou alugar vários brinquedos (escorregas, casinhas, gangorras) e um pula-pula, que a Júlia ama. Farei uma mesa simples, bolas, brigadeiro e pronto. Tudo será feito com muito amor e carinho e tenho certeza de que a Júlia e as crianças vão se divertir pra valer. Os convidados serão os amiguinhos dela, nada de filho de conhecido que ela nem conhece... só amiguinhos mesmo. Mas ainda faltam 2 meses.

Bem, vamos ao assunto de hoje. No sábado à noite, fomos com a Júlia para o Barra Shopping. Foi uma loucura! Ela não queria ficar no carrinho, nem no colo, nem dar a mão. Queria andar sozinha pelos corredores lotados. Quando tentávamos pegar, ela dava um show. Mas não ligamos, assim que ela começou a não aceitar dar a mão, o Marcio a pegou no colo e fomos para o carro. Ela foi chorando. Claro que não quis entrar, ficava apontando para o shopping, então explicamos que só voltaríamos lá para dentro se ela ficasse no carrinho, no colo ou se desse a mão. Ela parou de chorar e concordou. Voltamos. Ela realmente se comportpu melhor, só deixávamos que ela ficasse solta dentro das lojas, onde explorava tudo. Ela fica maluca em lojas de brinquedo, como toda criança, a minha sorte é que ainda não entendeu o conceito de comprar e ainda não pede as coisas.

O maior problema foi na hora de comer. Escolhemos comer fast-food para não demorar. Enquanto o Marcio ficou na fila, fiquei com ela em uma loja de brinquedos, só nos sentamos na hora que ele chegou com a bandeja. Eu tinha comprado um jogo da memória dos Backyardigans e levado lápis de cera e caderno. Mesmo com todas essas providências, ela só ficou quieta cinco minutos, antes de eu conseguir comer metade do meu sanduíche, ela já estava em pé na cadeira, querendo descer, correr, jogando as coisas no chão, não quis comer nada... um terror! O Marcio acabou de comer primeiro e voltou com ela para a loja de brinquedos enquanto eu terminava. Mas eu sei que esse não é o ideal.

Depois fomos ao fraldário, onde ela não parou um minuto para trocar a fralda. Quando saímos do shopping, eu estava exausta.
Nessas horas, chegamos a pensar que é melhor não fazer esse tipo de programa com criança, mas, por outro lado, acredito que ela tenha de se acostumar a isso, ela tem de aprender a obedecer, a dar a mão onde precisa, ficar no carrinho, ficar sentada à mesa pelo menos o suficiente para nós comermos.

Depois que saímos de lá, eu e Marcio conversamos bastante e chegamos à conclusão que precisamos ser mais duros com ela pois ela está muito desobediente, precisamos colocá-la de castigo quando não obedece, dar menos chances, ameaçar menos e fazer mais.

Claro que quando falo de castigo, é pouquinho tempo, mas ela precisa perceber que quando faz alguma coisa errada, vai ter alguma conseqüência. Ela precisa ter mais limites em casa para ter também na rua.

Ontem, ela também foi ao shopping, mas ficou na área infantil com o pai enquanto eu fui a um supermercado perto fazer as comprar de mês. É claro que ela adorou. Quando os encontrei, fomos comer de novo em um fast-food (coisa rara, já que vamos muito pouco, apesar de gostarmos). Dessa vez, ela ficou bem mais comportada, comeu um pouco e deixou terminarmos o nosso lanche.

Realmente, vemos em tudo isso como a vida muda, né? Tudo fica mais difícil, ir a um shopping comprar alguma coisa, fazer compras de mês, sentar para almoçar, comprar um presente... tudo muda, deixa de ser uma coisa simples e passa a ser uma verdadeira aventura; no final de um programa simples, estamos esgotados.

Quando voltamos para casa ontem, a Júlia estava exausta. Dormiu para caramba. Quando acordou, estava com tudo. Passei a noite brincando com ela, e ela estava um amor. Foi uma noite tão agradável, brincando, lendo histórias, desenhando, dançando, cantando. Quando fui colocá-la para dormir, eu estava feliz por aquelas horas tão felizes, sem estresse. E percebi que às vezes ficamos tão preocupados com hora para sair, para comer, para tomar banho, que perdemos momentos valiosos. Como ontem à noite, eu estava por conta dela, tivemos momentos deliciosos. Não que isso seja raro; mas ontem dei um valor maior pois tínhamos passado por momentos de estresse com ela.

Queria terminar dizendo que nada na minha vida vale mais a pena e me deixa mais feliz do que ver e ouvir a gargalhada da minha filha. tudo fica menor e perde a importância.

Vocês já passaram por algum momento de estresse assim na rua com seus filhos. Como agiram? Vou ficar esperando seus comentários para me sentir um pouco melhor. Acho que não sou a única, né?

Beijos e até o próximo post.

PS: A Júlia está cada dia falando mais palavrinhas. Nessa semana que passou, aprendeu a falar o nome de todos os amiguinhos. Muito lindo!