Oi, mamães,
O assunto de hoje já foi abordado por mim outras vezes no blog, mas é um assunto que vai nos perseguir a vida toda, né? E, pelo que a minha mãe diz, as questões só vão mudar, mas sempre vão existir as dúvidas de como educar, de como impor limites, quando...
A Júlia está em uma idade em que precisa de limites, até porque ela não tem senso do perigo. Então, a primeira necessidade de limites já se impõe para a segurança física dela. Ela adora pular na cama, escalar as coisas, subir escadas, e cabe a nós ver se e até que ponto ela pode fazer o que deseja.
Mas além dos limites, a educação também tem outros aspectos. Por exemplo, agora que a Júlia está aprendendo a falar, estou insistindo que fale palavras como "obrigada", "de nada", "por favor"; sempre uso essas palavras na frente dela para servir como exemplo (quando ela não está perto também uso!), e agora estou destacando mais a importância disso.
Na questão da fala, tenho enfatizado outra coisa: não permito que ela fale mole, arrastado, choramingando, fazendo manha. Algumas pessoas podem até achar que ainda é cedo e que estou sendo dura, mas acho que é trauma. Eu tenho uma prima que falava mole quando criança, e quando cresceu, continuou falando assim, o que se tornou motivo de piada na família, e mesmo quando ela era criança, era irritante escutá-la falando. Então, quando a Júlia chega me pedindo alguma com aquela fala arrastada, cheia de manha: "Mamãaaaaae, quéeeeio cóooooio"; eu logo digo: "Assim, mamãe não entende o que a Júlia quer, vamos falar direito?"; aí falo com a voz firme: "Mamãe, quero colo", e ela repete, me imitando: "Mamãe, quéio cóio". Agora, nem preciso mais falar, é só dizer que não estou entendendo, que ela já repete a frase sem a manha.
Uma outra coisa que tenho ensinado à Júlia e que estou orgulhosa com os resultados é a arrumar o quarto. De novo, algumas pessoas podem achar cedo, mas não é, acredito que a organização seja uma coisa que se aprende desde pequeno, mas também sei que algumas pessoas têm uma tendência maior pra isso.
É claro que não faço da arrumação do quarto uma obrigação ou algo chato; muito pelo contrário, crio situações para que aquele momento se torne lúdico, prazeroso, e sempre ajudo. Por exemplo, quando as peças de encaixe estão jogadas pelo quarto, em determinado momento, digo: "Júlia, vamos guardar essas pecinhas que estão no chão?" E começo a guardar, uma por uma, sem pressa. Quando ela vem me ajudar na hora, elogio e fazemos brincadeiras tipo, ela coloca uma peça, eu coloco outra, e isso é sempre acompanhado de elogios e palmas (ela adora ser aplaudida!). Quando ela não vem na hora, começo a arrumar sozinha e a me auto-elogiar, falo de mim o que falaria para ela: "Nossa, como a mamãe é linda, tá arrumando tudo. Palmas pra mamãe!" Aí ela logo se interessa e vem me ajudar. Agora, percebo que ela já guarda algumas coisas sozinha, por exemplo, se encontra uma peça de encaixar fora do balde, vai até lá, abre o balde e guarda. Uma gracinha. Nunca precisei brigar com ela para fazer isso, é um momento em que ela aprende brincando.
Um outro aspecto que também faz parte de educar é a questão da hora de dormir e como dormir. Confesso que esse é uma aspecto que não posso me vangloriar muito. Gostaria muito que a Júlia aprendesse a dormir sozinha, sem precisar de mim ou do bico da mamadeira, também sei que só depende de mim ensinar, mas ainda não tive essa força de vontade.
Mas também não posso reclamar, o esquema da hora de dormir da Júlia não é dos piores, já escutei e li relatos muito piores.
Hoje em dia, está funcionando assim: quando chega a hora, ela logo demonstra que está cansada e começa a pedir para mamar. Então, deito com ela na minha cama, onde ela mama deitada bem pertinho de mim e brincando com o meu cabelo; às vezes faz questão da presença do pai também, e não sossega até que ele deite do outro lado. Quando ela pega no sono, eu a levo para o berço, onde dorme a noite quase toda. Ela não tem acordado de madrugada, quando acontece é só uma vez, lá pelas cinco da manhã, para mamar. Nesse momento, eu a levo para a minha cama, ali ela mama e volta a dormir, e eu também, por isso é muito comum eu não levá-la de volta para o berço e ela ficar na nossa cama até a hora de acordar, lá pelas oito.
Mas a maior questão é o horário de dormir. A Júlia não tem uma hora fixa para dormir, depende se ela tirou algum cochilo durante o dia ou não. Ela geralmente não dorme até a hora da saída da escola, vai direto, aí, na hora de voltar pra casa, ela está bem cansada e apaga. Na verdade, depende de como voltamos para casa. Se ela vem no carrinho, acaba dormindo, e quando chega em casa não acorda de jeito nenhum, nem "com reza brava", só acorda lá pelas sete e pouco, e depois só vai dormir pelas onze da noite. Se pegamos um táxi para voltar pra casa (uma corrida rápida de cinco minutos), ela não dorme, chega em casa animada, janta, brinca, e lá pelas oito já está implorando por uma mamadeira para dormir. Eu preferia que esse fosse o horário dela, mas não tem como voltar para casa todo dia de táxi, né? O meu bolso não agüenta. Quando estou de carro e ela vai na cadeirinha dela, às vezes dorme, às vezes não. Depende do trânsito e do cansaço dela.
Vocês têm alguma sugestão para que eu consiga regularizar a hora em que a Júlia vai dormir? Toda ajuda é bem-vinda! Não deixem de comentar os outros assuntos também, e se tiverem, deixem dicas de como lidar com algumas situações cotidianas. Os bons exemplos servem para serem imitados!
Ah, antes de terminar, viram como ela está linda na foto de vestidinho! Pronta para ir pra festa da amiguinha!
Beijos e até o próximo post.