segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mãe é mãe, pai é palha

Oi, amigas,

Como foi o dia dos pais? Espero que tenha sido uma data iluminada e abençoada na família de vocês.

Aqui, foi tudo ótimo. No sábado, foi a festinha do dia dos pais da escola da Júlia. Eles fizeram uma comemoração para a família toda no Parque da Cidade. Teve teatrinho de fantoches e as crianças cantaram uma musiquinha muito linda para os papais. O Marcio até chorou, e olha que a Júlia nem cantou e dançou direito, como fez depois em casa ao assistir ao vídeo. Depois, nos dividimos entre as duas famílias. Sábado com o meu pai e domingo com o pai do Marcio. E foi uma delícia ver como a Júlia cada vez mais gosta dos avôs, dá gargalhadas, faz gracinhas pra eles. Muito lindo!

O dia dos pais me fez pensar sobre como o papel do pai mudou na família. Na geração dos nossos pais, e mais ainda na dos nossos avós, o pai era principalmente o provedor, aquele que trabalhava muito para sustentar a casa, e quando chegava do trabalho, tinha tudo pronto e só fazia o que tivesse vontade (ler jornal, assistir noticiário na TV, ver futebol, descansar, dormir), e muito poucos se preocupavam em brincar com seus filhos, a maioria não considerava isso tarefa do pai. Muitos eram carinhosos, atenciosos, mas poucos brincavam.

Já escutei várias pessoas dizendo que se surpreenderam com os pais depois que eles se tornaram avôs, pois agora brincam com os netos, coisa que não faziam com os filhos. E já escutei também a desculpa deles: "na época eu trabalhava muito e não tinha tempo pra isso".

Acho que somos felizardos de vivermos numa época em que o papel do pai não é mais só o de provedor. É muito bom para todos da família que o pai seja aquela figura amiga, que brinca, ri, joga pra cima, dá comida, dá banho, troca a fralda, leva para passear, faz dormir, dá mamadeira...

É bom para nós, mamães, que podemos contar com alguém para nos ajudar e dividir, pelo menos algumas tarefas; para os pais é ainda melhor, pois estão criando um vínculo mais forte com seus filhos e os conhecendo melhor; e o maior benefício de todos vai para o filho que tem um pai realmente presente, com quem pode contar para tudo. Tenho certeza de que o relacionamento que nossos filhos têm com os pais vai gerar uma bela amizade, sem comparações.

A frase que coloquei no título escutei ontem pela primeira vez, a minha sogra que disse. A mãe dela costumava falar isso. Na época, acho que a frase se encaixava bem ao papel dos pais. Hoje em dia, não.

O Marcio é o tipo de pai com quem posso contar sempre. Às vezes, preciso trabalhar no final de semana e deixo a Júlia por conta dele. Ele a leva para passear, dá banho, comida, brinca, desenha, vai para o computador com ela procurar vídeos no Youtube dos personagens que ela gosta. Eles se divertem e eu posso trabalhar em paz. Aliás, já até saí duas vezes à noite (uma para o ir ao teatro e outra ao cinema) e ele ficou ela, que me deu até tchau e mandou beijinho quando entrei no elevador.

Todos os dias quando ele chega em casa, vai direto procurá-la e é recebido com um gostoso abraço e um beijo. A coisa mais linda.

Não sei se isso acontece com vocês, mas cada vez que vejo os dois juntos, o meu amor por ele aumenta mais e tenho ainda mais certeza de que escolhi muito bem o meu marido e pai da minha filha.

Quero deixar aqui os parabéns para todos esses paizões: Marcio, Léo, Serginho, Rogério, Eduardo, Luiz Arthur, Fausto, Guilherme, Alfredo, Vinícius, ... só para citar alguns que conheço, lembrei agora e sei que assumiram de verdade o papel de pais. Claro, os meus parabéns se estendem a todos os pais.

Espero comentários de vocês contando sobre os papais dos seus filhos e histórias de como é a convivência deles com seus baixinhos.

Beijos e até o próximo post.

5 comentários:

Cristina disse...

Oi Michele,
suas mensagens são sempre tão lindas. Meu marido também é paizão e quando não está cuidando da Mariana está cuidando de mim. Eu nem gosto muito de ficar falando o que ele faz, porque apesar de saber que tem muitos paizões por aí, sei também que em muitas família, isso não acontece. Eu fico triste porque nessas famílias, a relação dos filhos com os pais nunca será tão completa. Acho que a atitude de assumir os filhos é a consolidação do amor do casal, é companheirismo, é cumplicidade que se consolida quando olhamos os nossos filhos e enxergamos o outro. Todos dizem que minha filha é parecida comigo, mas quando ela está no colo do pai, com o rostinho perto e os dois olhinhos indagadores abertos, a semelhança entre os dois é maravilhosa.
Quando eu era criança tinha muito problema para me entender com a minha mãe, hoje somos muito amigas e conversamos sobre isso. Eu sempre fui muito parecida com o meu pai, se ele tivesse participado mais, acho que ele teria me entendido melhor e facilitado a vida da minha mãe na minha educação.
Hoje ele para tudo para ficar dando atenção exclusiva à neta. Como você disse, não dá para entender.
Cris

Renata disse...

Oi Michele,
Meu marido tb é um pai "moderno". Faz tudo sem reclamar, com prazer, e desde sempre. Ele deu banho na nossa filha antes que eu, pois eu morria de medo. Sempre que dá tempo o jantar dela é ele que dá. E brinca muito. Qdo chega do trabalho é recebido com gritinhos de felicidade. Vc vai ver que essa relação só vai se estreitar. Diziam isso pra mim e eu não acreditava, pois minha filha até uns 2 anos era um grude comigo. De repente tudo começou a mudar aqui em casa, e me disseram que menina é assim mesmo com o pai. Confesso que senti até um pouco de ciúme.
Da minha infância lembro que meu pai brincava muito, muito mais do que minha mãe, mas por outro lado ele não sabia cuidar, nem os cuidados mais básicos. Dar banho, comida, trocar fralda, até trocar roupa ele não "sabia"! Os pais "modernos", além de toparem a dupla jornada de brincar com os filhos depois de trabalharem o dia inteiro, ainda sabem cuidar, tanto que grande parte dos que eu conheço dão conta dos filhos sozinhos se preciso.
Beijo
Renata

Flávia disse...

Oi Michele!

Nosso dia dos Pais foi ótimo!! Chegamos na sexta de viagem..passamos 5 dias fora!! Nossa princesa ficou com a vovó..então qd chegamos ela ficou super agarrada com a gente! E carinhos com o papai! Super merecido, pois ele tb é um paizão! Algumas vezes fica um pouco atolado com algumas coisas, mas se desdobra p/ nos ajudar e brincar com a Lari.
A festinha da creche será no próximo sábado, vamos viajar com ela essa semana, mas estaremos de volta p/ festinha!
Em relação ao último post...já passei por isso mesmo...ela agora tb não gosta de dar a mão e não gosta de ficar no carrinho, então prefiro ir aos shoppings mais tranquilos da barra...Ela está melhorando, agora está aceitando melhor dar a mão, mas temos q começar sempre brincando, cada um dá a mão de um lado (eu e meu marido)e ficamos brincando, colocando ela p/ pular..aí ela vai distraindo e acaba ficando numa boa...mas o carrinho...Foi aposentado!

Sugestão para um post: Viagem sem nossos pequenos.

A Júlia está linda! Adorei as fotos!

Beijos!

Unknown disse...

Michele,
Eu tb tenho um maridão, que me ajuda muito!! È do tipo que encara tudo! Troca a fralda, faz mamadeira, da os remédios, ele só não é muito bom para fazer la dormir, pq ele acaba agitando com as brincadeiras... A festa da creche será nesta sexta-feira, estou mais ansiosa que ele.
Adorei as fotos! A Julia como sempre linda!
bjs

Unknown disse...

Oi Michele,
Nosso dia dos pais foi ótimo tbm. Passamos todos juntos e fomos visitar a vovó.O meu marido tbm é muito "paizão".Brinca muito com o nosso pimpolho e me ajuda bastante nas tarefas(banho,que é uma farra!,comida, trocar fralda e roupa e leva pra creche)A única coisa que não faz mas por culpa minha por ter acostumado assim, é colocar pra dormir.Só com a mamãe! E à noite, quando o Alberto acorda, ele chama mamãe e se o papai vai no meu lugar, ele grita!Mas não tem problema: a Sofia está chegando no início de setembro.E vou ensiná-la a chamar o papai rapidinho!!!! haha
A festa na creche será na quinta feira, mas infelizmente as mamães não podem ir, é só pra papais mesmo!
Beijos
Carol